Notícias 19 de Setembro de 2018
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Transplante de Orgãos - Isabeli Lourenço

"Quem me conhece sabe que eu sempre fui uma pessoa super ativa, inquieta e intensa em tudo. Sempre que podia eu estava fazendo alguma coisa e adorava nadar e surfar. 

Com 19 anos tudo mudou. Eu comecei a sentir palpitações mesmo em repouso. Resolvi procurar um especialista. Descobri que tinha duas doenças bem sérias no meu coração.

Em 2015, tive que instalar em meu peito um desfibrilador, pois o risco de morte súbita era grande e a medicação não estava dando conta do recado. O caso era tão sério que eu cheguei a tomar um choque dele, ou seja, o desfibrilador precisou trabalhar e deu uma descarga de eletricidade no meu coração, para ele voltar a trabalhar como devia.

Com tudo isso, meu quadro de saúde mudou para insuficiência cardíaca. Meu coração já mostrava estar cansado. Cada vez mais ele perdia força, eu me sentia cansada para tudo e o transplante era a única salvação. Tive que parar de trabalhar, tive que deixar de fazer muitas coisas que eu gostava e passei a tomar muitos remédios e a ficar deitada boa parte do tempo.

Aí meu médico conversou comigo sobre a possibilidade de entrar na fila para o transplante. Logo entendi que era o único caminho possível e me preparei para isso. Eu tinha até uma mala com roupas e tudo que eu precisava, caso fosse chamada às pressas. Outro cuidado que eu tomava era para não viajar para muito longe do hospital onde seria realizado o procedimento. Tudo para que, quando me ligassem, eu tivesse a certeza de estar pronta.

Então chegou o grande dia. Viajei para Blumenau e realizei o procedimento lá. No momento que saí da cirurgia, logo senti uma grande diferença na minha respiração. Parecia que o ar, que antes faltava, agora tinha voltado. Foi incrível e fiquei muito confiante. Apesar disso, enfrentei algumas dificuldades na recuperação. No hospital eu repetia quatro palavras que viraram o meu mantra: coragem, força, fé e entrega. Esse era o conjunto de coisas que eu precisaria para superar os tempos difíceis.

Hoje eu considero que ganhei uma segunda chance de viver. Eu sempre pensei: vai dar certo, eu tenho que passar por isso. A vida continua e tenho muita coisa pra fazer aqui.

Se eu pudesse dizer algo para essa família que autorizou a doação, eu agradeceria muito pela consciência pela vida e queria dizer que sou muito grata. Eu tô voltando a ter vida, voltando a ter sonhos. Tudo graças à doação.








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