Como médico cardiologista e ecocardiografista, o Dr. Carlos Eduardo Beltrami se depara diariamente com questões e dúvidas focadas no coração. No entanto, é importante entender que a Doença Cardiovascular (DCV) é a principal causa de morte no Brasil e mundo, seu processo de formação aumenta com a progressão da idade.
Estamos falando de uma doença que remete a Doença Arterial Coronária (DAC), Cerebrovascular e Arterial Periférica, as quais existem um conjunto de fatores de risco. Segundo Dr. Carlos, eles aumentam a probabilidade de desenvolver DCV e os principais são pressão alta, colesterol elevado, sedentarismo, obesidade, diabete e histórico familiar positivo, ou seja, pode ser hereditário. Ainda ressalta que estes fatores indicam a importância da prevenção primária e secundária da doença.
Cardiologista e ecocardiografista Dr. Carlos Eduardo Beltrami
Basicamente, a prevenção primária consiste em evitar que quem tenha maior predisposição desenvolva a doença e tenha o primeiro sintoma, uma vez que um infarto do miocárdio é a principal manifestação da DCV na metade dos pacientes que apresentam esta complicação. Para tal, torna-se fundamental que a pessoa identifique ser assintomático através de exames periódicos. Já a prevenção secundária, busca evitar a recorrência do evento cardiovascular como, infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral.
“Nesse sentido, estimando a gravidade e a probabilidade da ocorrência das DCV foram criado algoritmos e escores para medir os riscos, prevenir e tratar a aterosclerose (entupimento das artérias), os quais avaliam as variáveis - também chamado de estratificação cardiovascular - como, idade, hipertensão, dislipidemia, evidência de doença aterosclerótica subclínica, etc”, complementa Dr. Carlos.
Em relação a dislipidemia, atualmente, a Sociedade Brasileira de Cardiologia divide entre 4 grupos de risco cardiovascular: muito alto, alto, intermediário e baixo risco. E, propõe metas de controle de colesterol para cada grupo. Embora as evidências para o tratamento na prevenção secundária sejam mais robustas, na prevenção primária faz-se necessário a avaliação através dos escores de risco para definir sobre o momento ideal para iniciar as medicações que reduzem o colesterol, também chamadas estatinas, pois possui um papel fundamental na redução da doença aterosclerótica.
A hipertensão arterial é outro fator de risco modificável, a qual pode ser uma das principais causas das DCV. Pois, aumenta sua prevalência com a idade, sendo muitas vezes subdiagnosticada, visto que habitualmente não manifesta sintomas, fazendo-se necessária uma avaliação periódica.
“Em suma, durante o check-up cardiológico são avaliados os principais fatores de risco que levam a DCV. Sendo possível através da consulta médica associada muitas vezes ao eletrocardiograma, teste ergométrico, exames laboratoriais e de imagem como, ecocardiograma e ultrassom de carótidas, para a partir de então tomar as medidas preventivas necessárias. Dessa maneira, o check-up cardiológico se torna um grande aliado na prevenção da ocorrência das doenças cardiovasculares”, ressalta o cardiologista.
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